Biografia do fotógrafo Alfred Stieglitz



Alfred Stieglitz foi um fotógrafo extremamente importante para o desenvolvimento da fotografia como forma de arte.
Nascido em 1864, nos Estados Unidos, retornou à pátria de seus pais, a Alemanha, para concluir seus estudos. Mesmo que em um primeiro momento a engenharia mecânica tenha sido sua escolha, em pouco tempo a fotografia entrou em sua vida. Inicialmente como técnica para revelação, depois como arte em si.
Alfred Stieglitz se casou por conveniência com Emmeline Obermeyer e com ela teve uma filha, Katherine. Somente muito mais tarde foi que Alfred conseguiu encontrar seu verdadeiro amor, ao qual sempre buscou e chamava de “alma gêmea”, a pintora Georgia O'Keeffe.
Stieglitz era extremamente detalhista e perfeccionista, fazendo com que seu trabalho superasse a excelência, mas levando-o à exaustão inúmeras vezes.
Ele lutou ferrenhamente para que a fotografia artística fosse aceita e reconhecida como forma de arte e tanto quanto a fotografia clássica. Entre batalhas ganhas e perdidas, ele conseguiu seu intuito e a fotografia é vista e reconhecida como é hoje, em muito, graças a ele.
Ainda na Europa Alfred Stieglitz conheceu e se relacionou com diversos fotógrafos adeptos do Pictorialismo, forma de fotografia que procurava se assemelhar a pintura através de edições e retoques na foto. A partir deste movimento artístico Stieglitz se reuniu com outros fotógrafos e criou a Photo-secession (nome oriundo de um grupo que se desgarrou da fotografia clássica) que vem mostrar e lutar por uma nova forma de fotografia, onde não mais serve somente para documentação, mas quer ser reconhecida como arte.
Não só um fotógrafo fantástico e um entusiasta da arte, mas também um incentivador para novos talentos. Alfred realizou incontáveis exibições nas galerias que possuiu ao longo da vida, dando oportunidade e destaque a inúmeros novos artistas não só do mundo da fotografia. Picasso, Monet, Rodin e Brancusi são somente um pequeno exemplo desta iniciativa de Stieglitz para trazer novidade e diferenciais para a arte.
Mesmo com diversos altos e baixos ao longo da vida por conta de questões financeiras, críticas ao seu trabalho, busca pela perfeição e esgotamento físico, Alfred Stieglitz foi pioneiro e visionário, contribuindo ao longo de sua carreira de ais de 50 anos para o mundo da arte e, principalmente, da fotografia.
Alfred Stieglitz morreu em 1946 aos 82 anos devido a problemas cardíacos deixando um acervo de mais de 8000 fotos, alem de pinturas e escritos.
“Na fotografia existe uma realidade tão sutil que ela se torna mais real que a realidade” (Alfred Stieglitz)

Linha do tempo do fotógrafo Alfred Stieglitz



   1864 nascimento
   1878 muda-se para NY
   1881 muda-se para Europa, começa a estudar engenharia mecânica
   1883 tira a primeira foto, começa a estudar fotoquímica
   1886 passa o verão tirando diversas fotos, entra para o seu primeiro clube de revista e competição
1887 ganha seu primeiro premio pela foto “A Good Joke” na revista Amateur Photographer, periódicos britânicos e alemães começam a publicar imagens dele
   1890 volta para NY, se torna sócio do futuro Photocrome Engraving Company
   1891 se junta à sociedade do fotografo amador
   1892 adquire sua primeira câmera 4x5 (inches)
1893 casa-se com Emmy, a irmã de seu sócio, se torna chefe editor da American Amateur Photographer
   1894 exibe seu trabalho no primeiro salão internacional de foto em paris
   1895 deixa sua empresa para se concentrar na fotografia
   1897 sua coleção de fotos de NY é publicada
   1898 nascimento da sua filha
   1899 monta a primeira retrospectiva de fotos (1885-1899) com 87 fotos
   1903 começa a editar e publicar a revista Camera Work
   1905 abre a “Little Galleries Of Photo-Secession” depois conhecida como 291
   1907 cria uma de suas mais duradoras obras: The Steerage
   1909 morte do pai
   1910 organiza uma enorme exposição de fotografia pictorialista internacional
   1911 primeira exibição de Picasso para o mundo
   1916 conhece Georgia O`Keeffe
   1917 a revista Camera Work acaba com 50 edições e a galeria 291 fecha
   1918 deixa sua esposa e filha, vai morar com Georgia
   1922 completa seu primeiro estudo sobre nuvens
  1924 faz uma exibição de suas fotos e das pinturas de Georgia, seu divorcio sai e ele se casa com Georgia
   1925 abre “The Intimate Gallery
  1929 fecha “The Intimate Gallery” depois de 20 exibições, abre An American Place, sua nova galeria
   1932 sua primeira exibição solo desde 1925
  1933 da de presente ao Metropolitan Museum of Art mais de 1000 trabalhos de arte de mais de 100 artistas diferentes
   1934 sua ultima exibição solo é feita
   1941 the Metropolitan Museum of Art adquire um grupo de fotos dele.
   1946 morre em NY, no hospital.

Fotos destacadas

Na parte escrita do trabalho diversas fotos foram destacadas, como conclusão do trabalho do fotógrafo e como anexo de seus melhores e explicativos trabalhos.
Seguem elas e suas explicações.



The terminal, 1832.
Nessa fase, as fotografias de Stieglitz evidenciam a industrialização, cotidiano, paisagens, pessoas o que se torna um registro histórico interessantíssimo.

The Hand of Man, 1902.
Alfred Stieglitz viveu em NY durante uma época em que a cidade tranformava-se em uma metrópole e tirou dezenas de fotos documentando artisticamente essa transformação.

Georgia O'Keeffe, 1921.

Looking Northwest from the Shelton, 1932.
Apesar de no início ter sido um pouco difícil compreender o fotógrafo, pois acabamos escolhendo de modo aleatório, acabamos reconhecendo que o trabalho dele foi um dos mais bonitos que vimos.
O fato dele tentar mostrar não somente uma pessoa, ou um lugar, ou o céu ou a noite mas sim a real essência daquilo cativam o observador.
Escolhemos estas fotos dentre tantas, pois são os exemplos perfeitos da sua preocupação em não somente mostrar algo bonito, mas uma ideia, e isso é o que realmente permanece.

The Torso, 1907.
Stieglitz tirou diversas fotos de nu feminino, usando diversas modelos diferentes. A predileção pelo torso feminino se faz aparecer ao longo de seu trabalho.

Georgia O'Keeffe - Hands and Thimble, 1919.
Georgia O`Keeffe, sua esposa e musa foi fotografada incessantemente por ele. Muitos nus aparecem, mas as mãos de Georgia são registradas das mais diferentes maneiras.


Early Morn, 1900.
 
Alfred retratou de diversas maneiras a paisagem. Ao longo de seu trabalho podemos ver fotos de paisagens com personagens interagindo nelas, o que concede um tom artístico de narrativa.

Equivalents, 1923.
Um de seus grandes estudos, Equivalents, utiliza de todo o aprendizado adquirido ao longo de sua trajetória como artista e fotógrafo num estudo sobre as nuvens.

Georgia O’keeffe, 1920.
Após o encerramento das atividades do jornal e da galeria, Stieglitz passou a desenvolver um trabalho mais pessoal, retrato daquela que seria sua futura esposa e eterna modelo.

Gossip – Venice, 1894.
Stieglitz ficou famoso por se preocupar com a estética, status de arte da fotografia, como mostra essa imagem.